A B3, a bolsa do Brasil, lança o manual Investimos em Diversidade, Equidade e Inclusão – Guia de Boas Práticas, com o objetivo de ajudar as empresas na sua jornada rumo à diversidade, equidade e inclusão. A obra foi produzida em parceria com a iO Diversidade e o Instituto Locomotiva.
Na forma de um manual de recomendações, a publicação percorre os seguintes eixos: Os principais benefícios e desafios do fortalecimento da agenda de DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão) nas organizações; o impacto que a integração de perspectivas diversas traz aos negócios; experiências e ações práticas que servem de referência às empresas que estão construindo ou que desejam iniciar sua estratégia DE&I.
Um estudo recente da B3 mostrou que, de um universo de 100 empresas com ações negociadas na Bolsa, apenas seis delas têm três ou mais mulheres em cargos de diretoria estatuária e 61 não dispõem de uma única mulher ocupando esses postos. Ainda que deem conta apenas de um dos pilares da diversidade, que é a questão de gênero, e com recorte da presença de mulheres na alta liderança, os números espelham a realidade do quanto essa pauta ainda precisa avançar nas companhias brasileiras.
A construção de um ambiente diverso é um atributo estratégico para qualquer negócio e vem sendo cada vez mais valorizado pelos consumidores, investidores e pela sociedade como um todo. “Como empresa responsável pela estrutura do mercado financeiro e de capitais, buscamos adotar as melhores práticas internamente, mas também é nosso papel induzir a adoção de boas práticas por outras companhias”, diz Manuela Alves, superintendente de Pessoas da B3.
O guia Investimos em Diversidade, Equidade e Inclusão apresenta exemplos de iniciativas adotadas pela B3 e cases do mercado, além de compartilhar informações sobre os pilares de diversidade e recomendações que ajudam ampliar a conscientização sobre a importância e a urgência dessa pauta, permitindo que cada empresa possa adotá-la de acordo com as suas especificidades.
“As pessoas buscam marcas que tenham valores compatíveis com os seus, e cobram cada vez mais das empresas que se posicionem diante de injustiças e da discriminação. Nesse novo cenário econômico e comportamental, a diversidade será uma das forças motrizes do sucesso das empresas”, diz Rachel Rua, diretora de conteúdo da iO Diversidade.
Como fazer: diversidade e inclusão
No conteúdo, que EXAME teve acesso em primeira mão, é possível conferir conceitos, como "o que é diversidade" e também dados. Um exemplo é que de um universo de 100 empresas com ações negociadas na Bolsa do Brasil, apenas 6 delas têm 3 ou mais mulheres em cargos de diretoria estatutária. Para mudar o cenário, a B3 lembra que empresas que investem em
Diversidade e Inclusão possuem colaboradores 17% mais engajados com os objetivos da organização. Além disto, empresas com pouca diversidade étnica e de gênero tendem a ter lucratividade 29% inferior à de seus pares do setor.
O documento traz também dimensões de diversidade, como étnico-racial e de orientação sexual. Já na parte de como fazer na prática há detalhes de ações implementadas na própria B3 ao olhar para diferentes áreas da estrutura, como contratação, comunicação e mais.
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Fonte:
Marina Filippe
Exame ESG
