O Diretor Geral do FSC anunciou o novo esforço, que reunirá diferentes setores e vozes na FSC Climate Coalition, para aumentar o papel que as florestas e os padrões do FSC desempenham no combate às mudanças climáticas. O FSC visa garantir que os Povos Indígenas, pequenos proprietários e administradores florestais se beneficiem da participação na certificação e no crescente mercado de carbono.
Hoje, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) de 2022, o Diretor Geral do FSC, Kim Carstensen, lançou oficialmente a FSC Climate Coalition como um novo fórum para reunir as principais partes interessadas na luta contra as mudanças climáticas.
A FSC Climate Coalition será uma plataforma de parceria multissetorial para criar e testar soluções climáticas originárias de florestas. O objetivo da iniciativa é transformar ideias em ação, reunindo parceiros que, de outra forma, não interagiriam para refinar e pilotar projetos de forma colaborativa. Incluídas no grupo estarão as perspectivas de vários pontos da cadeia de valor – desenvolvedores de projetos, corporações, investidores, padrões de carbono, representantes indígenas, grupos ambientais e órgãos de pesquisa.
Refletindo sobre a necessidade de parceria, Kim Carstensen disse: “O FSC tem mais de 26 anos de experiência como órgão de convocação. Agora, vamos usar isso para garantir que as florestas sejam incorporadas à ação climática de uma forma que beneficie os administradores florestais. Para isso, precisamos de parceiros.”
Carstensen foi acompanhado no palco por representantes seniores de alguns dos primeiros membros da FSC Climate Coalition: os detentores de certificados FSC Ikea e SIG, a organização sem fins lucrativos Forest Trends, o desenvolvedor do projeto South Pole, bem como os padrões de carbono Verra e Gold Standard.
Marco Magini, Diretor de Projetos Climáticos da South Pole, expressou seu entusiasmo pela iniciativa “Essas colaborações permitem conversas abertas e honestas sobre o que está funcionando e o que não está, o que permite que todos nós aprendamos mais rápido. Já estamos em nossa 'década de ação' e simplesmente não podemos permitir que todos tentem descobrir soluções climáticas baseadas na floresta por conta própria. Devemos trabalhar juntos para ter um verdadeiro impacto climático e devemos agir mais rápido hoje.”
As soluções baseadas na natureza (NBS) têm sido um tópico importante na COP27 deste ano, com um crescente consenso de que as florestas têm um papel a desempenhar, particularmente na conversa em andamento sobre a contabilidade de carbono. Refletindo sobre as últimas tendências, Stephen Donofrio, diretor-gerente das iniciativas Ecosystem Marketplace and Supply Change da Forest Trends, compartilhou que “Nos mercados voluntários de carbono, vimos que o clima é a isca e os co-benefícios são o anzol, quando vem aumentando a demanda e o preço pago pelo crédito. Nossos dados mostram consistentemente as preferências do mercado por projetos de crédito de carbono que são ricos em atributos sociais, de biodiversidade, de água e outros ambientais”.
Lidar com a complexidade da certificação, contabilidade de carbono, créditos de carbono e direitos de carbono será o primeiro grande tópico da FSC Climate Coalition, que começará a se reunir formalmente no início de 2023.
Fonte:
Theresa Keith
ecosystemmarketplace
