Milhões de pessoas em todo o mundo ainda trabalham remotamente, apesar do declínio da pandemia do COVID-19.
Mas alguns líderes empresariais globais dizem que desejam que seus funcionários passem mais tempo no escritório.
Este resumo explora cinco artigos recentes do Fórum Econômico Mundial sobre o fenômeno do trabalho remoto.
“Remoto”, “Híbrido”, “Comprimido” e “WFH” – muitas palavras da moda surgiram desde o advento da pandemia para descrever o novo mundo do trabalho. E muitos milhões de pessoas em todo o mundo agora gastam tanto – se não mais – de sua semana de trabalho fora do escritório quanto nele.
Mas a rápida mudança para o trabalho remoto continua sendo uma questão controversa no local de trabalho. Alguns líderes empresariais têm recuado à medida que a ameaça do COVID-19 diminui e começam a exigir que a equipe passe mais tempo no local.
Mark Zuckerberg disse em março que acredita que os engenheiros da gigante de tecnologia Meta se beneficiam do contato pessoal com seus colegas e incentivou os funcionários a se esforçarem para trabalhar no escritório.
“Nossa análise inicial dos dados de desempenho sugere que os engenheiros que ingressaram na Meta pessoalmente e depois foram transferidos para o remoto ou permaneceram pessoalmente tiveram um desempenho melhor, em média, do que as pessoas que ingressaram remotamente”, disse Zuckerberg em um memorando à equipe da Meta.
“Essa análise também mostra que os engenheiros no início de suas carreiras têm melhor desempenho, em média, quando trabalham pessoalmente com colegas de equipe pelo menos três dias por semana. Isso requer um estudo mais aprofundado, mas nossa hipótese é que ainda é mais fácil construir confiança pessoalmente e que essas relações nos ajudam a trabalhar de forma mais eficaz”,
Mas os modelos de trabalho remoto ainda têm muitos defensores. Como aponta o Relatório sobre o Futuro dos Empregos de 2023 do Fórum Econômico Mundial, eles ainda oferecem vantagens pós-pandemia, permitindo que as empresas expandam sua base de talentos – 20,5% das organizações pesquisadas acreditam que o trabalho flexível entre os países é essencial para garantir as habilidades certas .
Muito já foi escrito nas páginas da Agenda do Fórum sobre o fenômeno do trabalho remoto – aqui está um resumo de algumas das últimas tendências.
1. Onde os trabalhos remotos estão crescendo mais rápido
O Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA (NBER) tem observado as tendências de trabalho remoto desde a chegada da pandemia de COVID-19. Ele examinou mais de 250 milhões de ofertas de emprego em cinco países de língua inglesa para determinar quais lugares e setores tiveram o crescimento mais rápido em empregos remotos.
O Reino Unido lidera os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia quando se trata de oferecer oportunidades de trabalho remoto, e os países mais afetados pela pandemia mostraram o maior aumento, diz o NBER.
Empregos com níveis mais altos de uso de computador, salários mais altos e que exigem níveis mais altos de educação têm maior probabilidade de se envolver em trabalho remoto. Os trabalhos com menor probabilidade de oferecer trabalho flexível são aqueles que exigem interação com o cliente ou uso de equipamentos especializados, de acordo com o relatório.
2. Aumente sua colaboração para se tornar uma equipe de trabalho remota e híbrida de ponta
A empresa de consultoria global Ferrazzi Greenlight liderou uma pesquisa com 2.000 executivos e líderes de pensamento para descobrir como a colaboração em equipes remotas e híbridas pode ser melhorada.
Ele descobriu que essas equipes nem sempre experimentam uma perda de conexão de grupo, especialmente se forem introduzidas práticas de vínculo de equipe sob medida. A colaboração pode ser maximizada em equipes projetadas com métodos de trabalho assíncronos – onde os membros da equipe podem trabalhar em um projeto em seu próprio tempo – diz.
3. É o fim da era do trabalho remoto?
Um relatório do Bureau of Labor Statistics dos EUA mostra que mais de 72,5% das empresas do setor privado pesquisadas durante agosto e setembro de 2022 ofereceram pouco ou nenhum teletrabalho, em comparação com 60,1% pouco mais de um ano antes.
Este artigo analisa as causas dessa queda na flexibilidade do empregador, como a recente onda de demissões à medida que o clima econômico se deteriora e o que os pesquisadores chamam de “paranóia da produtividade”. Apesar das evidências de que muitos trabalhadores se sentem mais produtivos trabalhando em casa, parece que nem todos os empregadores concordam, com mais empresas querendo trabalhadores de volta ao escritório.
4. 5 tendências no local de trabalho a serem observadas em 2023, de acordo com um especialista
Lynda Gratton é professora de práticas de gestão na London Business School e especialista no futuro do trabalho. Ela falou ao podcast Book Club do Fórum Econômico Mundial sobre seu livro Redesigning Work: How To Transform Your Organization and Make Hybrid Work for Everyone. Aqui, ela destaca várias tendências no local de trabalho, incluindo a introdução de uma semana de quatro dias e um aumento de trabalhadores que desejam retornar ao escritório .
“Acontece que muitos de nós estamos voltando para o escritório porque temos um amigo no trabalho. Acabei de passar o dia hoje na London Business School e dei uma volta para conversar com todos os meus amigos, e foi absolutamente brilhante. Eu quero fazer isso todos os dias? Não, não, porque sou escritora e gosto de escrever de casa. Mas a amizade é algo que realmente amamos.”
5. Como é o trabalho remoto em todo o mundo?
Os direitos dos trabalhadores remotos podem variar consideravelmente dependendo de onde vivem. No entanto, as leis trabalhistas estão gradualmente mudando e oferecendo maiores proteções .
Muitos países consagraram o direito legal de solicitar trabalho remoto ou flexível. O Reino Unido, por exemplo, removeu recentemente um período de qualificação de 26 semanas para tornar um direito poder trabalhar remotamente assim que um novo emprego começar. E a Espanha e a Noruega exigem que os empregadores passem por avaliações de segurança das estações de trabalho remotas dos funcionários.
Pelo menos 49 nações estão concedendo vistos especiais a estrangeiros para trabalhar remotamente em seus países. Alguns desses “nômades digitais” estão recebendo ofertas de incentivos fiscais generosos, bem como a oportunidade de status de residência futura como incentivos.
Fonte:
Traduzido para o Português pela Redação Sustentabilidades
Stefan Ellerbeck
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