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Mais que vantagem, uma questão de sobrevivência
Mais que vantagem, uma questão de sobrevivência

Nos últimos anos, as empresas têm migrado do foco em projetos sustentáveis para a inserção dos conceitos ESG, que ampliam a sustentabilidade para o setor ambiental, social e de governança corporativa. 

Com a pressão recebida pelo mercado e seus investidores, as empresas estão entendendo que sustentabilidade vai além de práticas bem-sucedidas, sendo necessário implementar ações na gestão, operação, serviços e produtos. Sendo assim, cria-se uma cultura que estimula a permanência e crescimento efetivo de práticas ESG em todas as esferas com as quais a empresa se relaciona.

Estamos falando, por exemplo, de capacitação de fornecedores na temática, contratação inclusiva e diversa de funcionários, criação de comitês internos de sustentabilidade, análise dos impactos não só ambientais, mas sociais gerados pela empresa, análise sustentável dos conselhos de administração e outros.

Já passamos da fase de olhar a sustentabilidade como uma vantagem. Estamos em um ponto no qual esse tema tornou-se uma questão de sobrevivência das empresas. Com a crescente pressão dos acionistas, dos mercados e da sociedade civil em geral, a sustentabilidade é hoje um caminho sem volta.

As empresas precisam começar por entender e catalogar quais são os impactos gerados por sua atividade, as conhecidas externalidades – negativas e positivas.

Criar ou revisitar, caso já existam, seu propósito e missão. Uma empresa que pretende ser sustentável deve olhar seus produtos e serviços e fazer a pergunta: esses produtos e serviços contribuem positivamente para o mundo? A empresa serve aos interesses da humanidade ou aos interesses de uma minoria? Se sim, o que fazer para que esse propósito permaneça impactando positivamente e melhorando a vida dos habitantes desse planeta? Senão, onde eu devo mexer para que aquilo que eu tenho para oferecer possa contribuir positivamente para o maior número de pessoas?

O ano começa com muitos desafios no que diz respeito ao tema da sustentabilidade, a começar pelas mudanças climáticas que saltam aos olhos quando vemos o clima mundial mudando. Isso afeta fortemente o agronegócio, o mercado de commodities e, consequentemente, a produção de alimentos.

No âmbito social, a instabilidade gerada pelos movimentos políticos no Brasil também traz insegurança para os mercados. A boa notícia é que boa parte das empresas fez a lição de casa, entendendo que seria necessário criar mecanismos anticorrupção e um fortalecimento de suas governanças. 

Muitas delas também têm usado da inovação, criando produtos e processos sustentáveis de dar inveja a qualquer iniciativa internacional.

Apesar do clima instável, nossa visão é que a pauta ESG ganhará ainda mais força nos próximos anos, e o Brasil terá um papel fundamental nesse processo de avanço. Seja por iniciativa das nossas empresas, que inovam no tema a cada ano (vide os ganhadores de nosso prêmio de sustentabilidade www.premioeco.com.br), seja pela relevância global das riquezas de recursos naturais presentes em nosso país.

Fonte:

Rafael Dantas
Otempo

 

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